História do Brasil Republicano
Henry Marcelo Martins da Silva
A presente disciplina tem por objetivo a construção de reflexões sobre os processos sociais relacionados à produção e transformação do espaço urbano no Brasil republicano; o pacto federativo promoveu uma maior independência na gestão pública dos Estados, situação que proporcionou um contexto de liberdade de ação para as elites regionais; além disso, as transformações vivenciadas pelo país na passagem do século XIX ao XX promoveram uma enorme mudança no perfil daquela sociedade, que vê sua população aumentar drasticamente, acompanhado de um processo de desenvolvimento tecnológico e econômico vinculado ao setor agro-exportador. O crescimento das cidades foi reforçado com o início da construção das ferrovias nos anos 1850 e a mudança paulatina do mundo rural para os centros urbanos. Emergia um novo grupo social formado pelos fazendeiros e pelos grandes comerciantes de importação e exportação que no meio urbano passariam a diversificar seus investimentos, criando novas formas de empregar os ganhos em empreendimentos característicos do mundo capitalista: ferrovias, bancos, empresas de serviços urbanos, e ainda, as primeiras indústrias. Esse processo de diversificação do capital se disseminou por todo o país, e centros econômicos regionais como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre e Salvador foram exemplos categóricos dessa expansão do capital mercantil para setores ligados ao mundo urbano. Neste sentido, o a disciplina busca refletir os processos de rupturas e permanências que marcaram o período, que foi cenário de um importante avanço do capitalismo, de fluxos migratórios, da urbanização, da industrialização, do desenvolvimento da burocracia e do próprio Estado brasileiro.
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