Publicações do corpo docente

Livros e Capítulos

MENDONÇA, N. D. (Autora); OLIVEIRA, V. W. N. (Org.). A (des)construção das (des)ordens: poder e violência em Três Lagoas-MT (1915-1945). 1. ed. Campo Grande – MS: Editora da UFMS, 2021. v. 1. 423p.

Trata-se de uma história do sertão, não como uma geografia da paisagem, mas uma geografia e história humanas no mundo rururbano de Três Lagoas, no sul de Mato Grosso, um estado em que a sociedade, até muito dentro do século XX, foi predominantemente rural e a economia continua sendo especialmente rural, em que pese o avanço do capitalismo no campo ter modificado profundamente a empresa agrícola, hoje bastante diferente do que eram as fazendas. Neste livro percebe-se que, mesmo neste mundo de predominância do rural, a vila (e depois cidade) teve muita importância na determinação da política formal — que se manifesta nas tribunas da imprensa, da câmara municipal, da prefeitura — e da política do cotidiano, da resistência e da vivência. A relação com a terra determinou a formação desta sociedade não só no rural, mas também na apropriação do urbano. Para muitos (os desordenadores), não ter terra e, para alguns (os ordenadores), deter o domínio de muita terra é o que determinou o lugar que esses sujeitos passaram a ocupar nas relações de poder, de produção e de classe.

CORREA, P. R. A. (Org.) ; OLIVEIRA, V. W. N. (Org.) ; BELON, A. R. (Org.) . Heróis de barro (nos bastidores do front): memórias de Petrônio Rebuá Alves Corrêa. 1. ed. Campo Grande: UFMS, 2022. 798p. acesso gratuito

Os escritos inéditos de Petrônio Rebuá Alves Corrêa, mato-grossense, graduado nas primeiras turmas de História da UFMS/CPTL, ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira, são memórias crivadas de análise crítica das decisões governamentais e militares que envolveram o Brasil diretamente na Segunda Grande Guerra, da hierarquia militar e da organização/despreparo do Exército Brasileiro. Trazem também um olhar aguçado sobre as mazelas e traumas entre a população civil e os praças brasileiros. Lembranças traumáticas, como a miséria, a fome, as mutilações e mortes entre os civis, bem como a neurose, a espera, o confinamento, a mutilação e a morte entre os militares brasileiros. Essas são a base da narrativa de outros ex-combatentes que publicaram registros de memórias. Uma das diferenças notadas nos escritos de Rebuá está na forma em que o autor se coloca nos acontecimentos narrados. No geral, nas memórias da participação do Brasil na Segunda Guerra os ex-combatentes se colocam como observadores quando de acontecimentos não dignificantes. Rebuá se coloca como partícipe, por vezes como protagonista, inclusive em acontecimentos traumáticos, como a violência cometida contra a população civil da Itália, especialmente as mulheres. A subjetividade do autor-soldado, falecido em 2002, insere o leitor nos campos de batalhas da Itália, nas cidades, vilas e casas da população italiana no contexto da Segunda Guerra.

OLIVEIRA, V. W. N. Nas águas do Prata: os trabalhadores da rota fluvial entre Buenos Aires e Corumbá (1910-1930). Campinas-SP: Editora Unicamp, 2009.

Nas águas do Prata: os trabalhadores da rota fluvial entre Buenos Aires e Corumbá (1910-1930). Campinas-SP: Editora Unica O navio, o rio e o porto: esses são os espaços em que se movimentam os personagens principais deste livro – os tripulantes das embarcações que ligavam Corumbá, Assunção, Buenos Aires e Montevidéu nas primeiras décadas do século XX. Do Mato Grosso ao estuário do Prata, esses homens viviam um mundo de fronteiras: entre nacionalidades diversas, entre os ritmos diferentes da natureza e da máquina a vapor, entre as regras de convívio e trabalho nos navios e em terra. A vida que levavam como embarcadiços se aproximava daquela dos que ficavam nos portos: tinham experiências em comum, reivindicações parecidas, lutavam por ideais semelhantes em associações, sindicatos e federações. Ao realizar uma análise sobre um grupo específico de trabalhadores, este livro oferece uma densa reflexão sobre as condições da solidariedade operária, nacional e internacional, no início do século XX.

OLIVEIRA, V. W. N.. Estrada móvel, fronteiras incertas: os trabalhadores do rio Paraguai (1917-1926). 1. ed. Campo Grande: Ed. UFMS, 2005. 204p .

Muito se fala sobre a necessidade de buscar as raízes identitárias das diversas regiões brasileiras. Várias pesquisas acadêmicas, sobretudo nas áreas das ciências humanas e sociais, vêm somando esforços na busca da compreensão dessas origens.Com este livro, Vitor Wagner Neto de Oliveira contribui para a ampliação do conhecimento sobre a história de Mato Grosso do Sul, particularmente do movimento operário da região de Corumbá e do movimento operário brasileiro em geral.

BORGES, M. C.; OLIVEIRA, Vitor W. N. (Org.) . Cultura, Trabalho e Memória: faces da pesquisa em Mato Grosso do Sul. Campo Grande: UFMS, 2006. 210p.

Esta publicação reúne onze textos que expõem algumas faces da pesquisa em Mato Grosso do Sul. Tendo como eixos temáticos “cultura, trabalho e memória”, visa a possibilitar aos professores do ensino fundamental e médio, assim como aos acadêmicos da área de ciências humanas, dentre outras, instrumentais para o conhecimento da pesquisa no Estado, para a elaboração de projetos e para a percepção de que é possível a realização de pesquisas não limitadas à pós-graduação, nas redes de ensino municipais e estaduais, bem como na graduação.

BENTO, L. C.; GODOI, R. T. ; QUADROS, E. G. . História (Re)Sentida. Compreensão Ética e Estética de Arquétipos Autoritários Brasileiros: ensaios de historiografia crítica em contexto de crise de sentido.. 1. ed. Vitória – Espírito Santo: Mil Fontes, 2022. v. 1. 224p.

Por que as pessoas estão tão interessadas atualmente em política? Considerando um processo de determinação simultânea do político-religioso, o que se busca, nesta obra, é discutir o problema do efeito ético e estético da experiência do tempo no regime militar brasileiro. O Brasil vive um momento nostálgico que pode ser compreendido por um termo aparentemente individual ou próprio: (re)sentir. Sob o desejo de “sentir-se alcançado”, um efeito perpassa o presente para demonstrar aspirações de ordem onde o passado privatiza-se, as palavras refletem pobre poder e a realidade fica dependente da percepção. Sob o “posso-dizer”, as pessoas demonstram insatisfação com exigências que ultrapassam suas expectações do tempo no cotidiano e constituem-se autores do tempo, da própria história. Sob o “eu o autorizo a partir”, o político está no cotidiano através de seus “portadores” oriundos de discursos performativos em torno do déjà dit. Então, a discussão quanto a história (re) sentida se organiza sob o viés da denúncia, pela questão de como a historiografia crítica em contexto de crise de sentido assume militâncias e engajamentos.

BENTO, L. C.; PASSOS, A. A. (Org.) ; GODOI, R. T. (Org.) . Historiografia Crítica: ensaios, analítica e hermenêutica da História. 1. ed. Vitoria ES: Editora Mil Fontes, 2020. v. 1. 416p .

Tornou-se comum identificar nosso tempo sob a égide de palavras, aparentemente novas, mas carregadas de sentido histórico. Fala-se em pós-verdade, fake news e dos imperativos de um retorno de uma ética perdida e de um mundo em comum – logo político – em corrosão. Nesse mesmo contexto, as democracias Ocidentais sofrem reveses significativos por toda parte: populismo e autoritarismo voltaram a linguagem política corrente. Num mundo carente de sentido e orientação, uma vez mais, o saber histórico e a historiografia se levantam como possibilidade e potência para pensar as questões do nosso tempo. Esse conjunto de ensaios e reflexões, reunidas em torno da noção de historiografia crítica, cada qual ao seu modo e com seu valor, procuram contribuir para o esclarecimento desse momento singular na história da civilização onde o tempo, por efeitos do uso indiscriminado da tecnologia, vem se tornando mais e mais fluídos e acelerados, impedindo a reflexão e o amadurecimento das sociabilidades concretas e das virtudes éticas.

BENTO, L. C.. Saber Histórico, educação e neoliberalismo nas páginas da Revista Brasileira de História: relatos de uma polêmica. In: João Rodolfo Munhoz Ohara; Wagner Germiniano dos Santos. (Org.). 40 anos da Revista Brasileira de História: a historiografia em revista. 1ed.Vitória, Espírito Santo: Mil Fontes, 2021, v. 1, p. 257-281.

Nas últimas duas décadas, a história da historiografia tem se consolidado no Brasil como uma das áreas mais vigorosas e produtivas do saber histórico produzido no país. Um número crescente de pesquisas que se desdobram em artigos, dissertações, teses, livros e revistas especializadas tem surgido e circulado de forma consistente e cada vez mais qualificada entre os pares, gerando debates teóricos e metodológicos que tem ampliado consideravelmente os estudos sobre a escrita da história, os historiadores e as regras que constituem o seu ofício em diversos tempos e lugares. Nesse ínterim, têm ganhado destaque os estudos que abordam ou tomam as revistas científicas da área de História ou como objeto de estudo ou como corpus documental privilegiado para a pesquisa da historiografia produzida por dados grupos ou redes intelectuais, ou até mesmo como indício representativo da escrita da história para uma dada instituição, sociedade ou período. Para mencionar apenas um bom exemplo, a coletânea As Revistas de História e as dinâmicas do campo historiográfico, organizada por Cristiano Alencar Arrais e Julio Bentivoglio, ilustra esta pujança, ao reunir um conjunto de historiadores e textos que vêm realizando pesquisas com base em revistas de história.

ARRAIS, C. P. A. ; GUSTAVO NETO, M ; BENTO, L. C. . Permanência e inovação teorico-metodológica na historiografia sobre Goiás: realismo, subjetivismo arbitrário e apropriação cognitiva. 50 anos de pós-graduação em história na UFG.. 1ed.Goiânia: CEGRAF – UFG, 2022, v. 1, p. 89-124.

50 anos de pós-graduação em História na UFG é o título da obra publicada nos formatos impresso e eletrônico. O e-book pode ser baixado gratuitamente. O livro é uma obra coletiva dividida em três partes. A primeira se dedica à trajetória institucional e historiográfica do PPGH. Na segunda parte, o leitor encontrará capítulos dedicados a análises historiográficas sobre como determinados temas foram tratados nas teses e dissertações defendidas no Programa, desde sua fundação, na década de 1970, até o tempo presente. Por fim, a terceira parte é composta por capítulos que tratam de memórias e trajetórias profissionais de alguns dos docentes que atuaram no Programa e nele deixaram sua marca.

BENTO, L. C.; BORGES, C. F. E. F. . A Revue de Synthèse Historique: Interdisciplinaridade e Epistemologia nos Estudos Históricos Franceses (1900-1914). In: ARRAIS, Cristiano Pereira Alencar,BENTIVOGLIO, Julio Cesar. (Org.). As Revistas de História e as dinâmicas do campo historiográfico. 1ed.Serra- ES: Editora Milfontes, 2017, v. 1, p. 275-302.

Até o século XIX a história da historiografia podia ser exclusivamente contada por meio de obras históricas produzidas por grandes historiadores ao longo do tempo. De Heródoto a Leopold von Ranke muitos foram os livros que integraram o vasto legado da cultura historiográfica ocidental. Após o surgimento da Historische Zeitschrift em 1859, contudo, talvez não seja mais possível narrar essa história sem considerar o protagonismo exercido pelas revistas científicas e especializadas de história. O propósito dessa coletânea é, por um lado, reivindicar para as revistas históricas uma centralidade no estudo da história da historiografia contemporânea mundial; e por outro, fornecer subsídios para se pensar a criação de um campo específico – a história das revistas de história – indicando alguns caminhos para sua investigação e oferecendo chaves de leitura possíveis para compreender determinadas dinâmicas do campo historiográfico.

BARBOSA, L. M. (Org.) ; Dolores Puga – (PUGA, Dolores) (Org.) . Antiguidade e usos do passado: políticas e práticas sociais. 1. ed. São João de Meriti – RJ: Desalinho, 2021. v. 1. 241p.

Este livro é o resultado da dedicação de uma equipe de pesquisadores da antiguidade e professores de História de Mato Grosso do Sul desejosos por implementar e fortalecer um Grupo de Trabalho em História Antiga no Estado. Desta maneira, fundamenta-se como continuidade de um livro inaugural intitulado “Antiguidade e Usos do Passado: temas e abordagens”. Trata-se do primeiro esforço do grupo em se constituir como pontapé inicial de nossa reunião preliminar, momento em que foi criado o GT em um Simpósio da ANPUH-MS de 2018, na cidade de Dourados.

Dolores Puga – (PUGA, Dolores). A tragédia grega transformada em Gota D’água: usos do teatro clássico no Brasil dos anos de 1970. 1. ed. São Paulo: Edições Verona, 2019. 271p

“Assassinou os dois filhos e se matou”. Assim começa o programa da peça teatral Gota D’água. A tragédia de um subúrbio carioca camuflada de vingança de mulher traída é escancarada na obra de Chico Buarque e Paulo Pontes, com direção de Gianni Ratto nos anos de 1970 no país. A proposta deste livro é escrutinar, pelo fascínio por trás da imagem da feiticeira Medeia da tragédia grega de Eurípides criada em 431 a. C., o pano de fundo da ditadura civil-militar brasileira e os problemas dela decorrentes, debatendo a maneira como foi ressignificada, primeiramente pelas mãos de Oduvaldo Vianna Filho em uma teledramaturgia de 1972 – homônima à obra grega –, e, posteriormente, pelo musical de Buarque e Pontes, a partir de 1975. Mitologia, versos, canções e fotografias de espetáculo preenchem este livro, que pretende surpreender o leitor não apenas pela triste poesia inerente às obras de arte analisadas, mas também suscitar reflexões históricas de caráter cultural, sociopolítico e econômico. Busca revelar os sentidos da tragédia em tempos diferentes e a ideia da luta pela resistência democrática no Brasil.

ATHAIDES, Rafael; BERTONHA, João Fábio; The Nazi Party and the German Communities Abroad The Latin American Case. Routledge Taylor & Francis Group. London and New York. 2023.

O livro apresenta um panorama da política externa nazista, do seu esforço de expansão ideológica no exterior através da propaganda, da cultura e dos laços com os emigrantes alemães. Acima de tudo, o foco do livro é a AO-NSDAP, ou seja, o órgão do partido nacional-socialista responsável pelos núcleos nazistas fora da Alemanha, especialmente entre os alemães emigrados. O livro acompanha a organização desde a sua sede alemã, passando pela Europa, Ásia, África e América do Norte, para finalmente se concentrar no caso da América Latina. Ao final, há uma listagem bibliográfica, indexada, na qual estão disponíveis centenas de referências bibliográficas sobre o tema, abrangendo todo o continente americano. EN: The Nazi Party and the German Communities Abroad examines the German Nazi Party’s actions around the world in the 1930s and 1940s. The book particularly focuses in on the formation and development of the Auslandsorganization der NSDAP (AO) (Nazi Party/Foreign Organization), the party branch charged with the task of connecting with foreign fascist movements and, especially with Germans living abroad. The authors follow the creation of the AO and its development in Germany, along with its actions throughout the world, including Europe, Asia, Africa and North America, before finally focusing on Latin America. The Latin American case is then presented in both general and particular aspects, including countries such as Argentina, Chile, Brazil, Mexico and Colombia. The study draws on many primary sources and is extensively referenced; an index with 700 references related to the action of Nazism in the American continent is presented, including the American and Canadian cases. This volume will be of interest to researchers of the history of Nazism and Latin America..

ATHAIDES, Rafael; Bertonha, João Fábio. O nazismo e as comunidades alemãs no exterior: o caso da América Latina: história, historiografia e guia de referências bibliográficas (1932-2020). Maringá: Edições Diálogos, 2021. 169 p.:il, tabs.

O livro apresenta um panorama da política externa nazista, do seu esforço de expansão ideológica no exterior através da propaganda, da cultura e dos laços com os emigrantes alemães. Acima de tudo, o foco do livro é a AO-NSDAP, ou seja, o órgão do partido nacional-socialista responsável pelos núcleos nazistas fora da Alemanha, especialmente entre os alemães emigrados. O livro acompanha a organização desde a sua sede alemã, passando pela Europa, Ásia, África e América do Norte, para finalmente se concentrar no caso da América Latina. Ao final, há uma listagem bibliográfica, indexada, na qual estão disponíveis centenas de referências bibliográficas sobre o tema, abrangendo todo o continente americano. O texto pode ser baixado gratuitamente aqui.

ATHAIDES, Rafael. O Partido Nazista no Paraná (1933-1942). 1. ed. Maringá: EDUEM, 2011. v. 1. 224p.

O livro de Rafael Athaides representa uma tendência inovadora ao tema proposto: de um lado, recusa as afirmativas de jornalistas e políticos ufanistas das décadas de trinta e quarenta do século XX, que denunciavam o perigo alemão, que alardeava as intenções da Alemanha em anexar parte do território brasileiro como sua colônia. De outro, nega a atitude de auto-vitimação de muitos teuto-brasileiros, que afirmavam, e em parte, ainda o fazem, de terem sido alvo de uma propaganda insidiosa, cujo resultado foi a repressão de suas manifestações culturais. Outro mérito do livro é o estudo do Paraná, uma das regiões menos visitadas pelos cientistas sociais; normalmente, citam-se Santa Catarina e Rio Grande do Sul, dada a alta concentração de germânicos nestes estados, ou São Paulo e o Rio de Janeiro, regiões de maior importância econômica e política, donde o argumento de ser aí a presença nazista mais efetiva. A pesquisa de Athaides assume uma outra perspectiva: com uma documentação original, demonstra que, conquanto fossem poucos os membros filiados ao Partido, e ainda que, segundo as recomendações de seus líderes, o nazismo não era uma mercadoria exportável, as associações, igrejas e imprensa foram utilizadas para difundir tal doutrina, menos talvez, por uma questão pragmática e mais para reforçar o poder dos indivíduos de nacionalidade alemã residentes no Paraná. Analisando cuidadosamente as fontes, o autor nos chama a atenção para o conflito em sua interioridade: as disputas de poder, de prestígio e de liderança, bem como a desqualificação do adversário – como não merecedor de sua própria etnia, fosse lá o que isso quisesse dizer, resultou na cesura da comunidade em diversas facções. Com a adesão do Brasil na guerra, muitos adeptos e não adeptos foram presos ou pelo menos postos sob suspeição, tendo seus livros, rádios e correspondências apreendidos. Acossados como uma turba de fanáticos, um outro poder, valendo-se de apelos patrióticos, poria fim a tais manifestações, resultando, em boa medida, na dissolução da cultura alemã no Paraná. Sem dúvida, este livro honra a missão do historiador: problematizar, duvidar, questionar, colocar-se no lugar do outro. Temos nele um exemplo de como determinados acontecimentos, aparentemente acidentais e de pouca expressividade, revelam o caráter e as sensibilidades do homem totalitário.

BORGES, M. C.. O desejo do roçado: práticas e representações camponesas no Pontal do Paranapanema -SP. 1. ed. São Paulo: Annablume, 2010. v. 1000. 314p.

O livro aborda a luta dos trabalhadores, homens e mulheres, para conquistar a terra e para nela permanecer, na região do Pontal do Paranapanema, Estado de São Paulo. Partindo da história e da memória dos camponeses, a autora percorre o antigo caminho do extremo-oeste paulista, ambiente marcado pela violência do domínio da terra e da gente, envolvendo as populações indígenas, pequenos arrendatários, sitiantes, posseiros e bóias frias. Esta compreensão histórica é base para o entendimento do Movimento Sem Terra na contemporaneidade. Uma história de lutas narrada por sujeitos a partir de marcos de memória que produzem significados para suas vidas em acampamentos e assentamentos. Marcos presentes desde as primeiras ações, como a “ocupação de fazendas”, “o seqüestro de oficiais de justiça”, “a matança de bois”, o “trabalho coletivo”, a “troca de dias de serviço”, entre outros. O desejo do roçado, expresso na mística em torno da terra, evidencia a vontade individual e coletiva, em uma simbiose. Isso possibilita entender que as ações da organização, ao se voltarem para a transformação social, não são díspares do que sonhara grande parte dos assentados: a terra de trabalho e a liberdade. Objetividades e subjetividades evidenciam o indivíduo e o coletivo, entrelaçados, a mostrar a dinamicidade do “todo”, mas sem que as “partes” deixem de existir como potencialidades para as lutas camponesas.

BORGES, M. C.. MOVIMENTOS SOCIAIS NOS CAMPOS DO PONTAL DO PARANAPANEMA-SP: de posseiros a assentados. 01. ed. Curitiba: CRV, 2017. 192p.

Este livro aborda os movimentos sociais nos campos do Pontal do Paranapanema, em Teodoro Sampaio-SP. Num cenário de conflitos agrários, escolhemos a gleba Ribeirão Bonito. Enfatizamos ainda as lutas para a transformação da gleba em assentamentos, com ênfase na ação do MST neste processo. O desejo é o de apresentar as ações dos posseiros no tempo da gleba e, passadas duas décadas, recontar esta história, a partir da memória dos assentados.

HECKO, L.. A Egiptomania e os Usos do Passado. 1. ed. Campo Grande/MS: Editora da UFMS, 2016. v. 1. 151p.

Esta obra, pensado para o público acadêmico, mas escrito com uma narrativa clara e objetiva, o livro interessará a iniciantes e especialistas, contribuindo para um diálogo profícuo entre todos aqueles que se interessam pela História Antiga em geral e a do Egito em específico. O trabalho inspira, portanto, reflexões sobre o passado e o presente, sobre sentimento e conhecimento, não de maneira antagônica ou dicotômica, mas fluida e viva na sua complexidade. Essa aproximação do passado antigo egípcio com o presente brasileiro é um campo pouco explorado da Egiptomania.

HECKO, L.; JUNQUEIRA, N. M. (Org.) ; SOUSA, Fábio da Silva (Org.) . História em Combate – ciência e ensino, ética e engajamento. 1. ed. São João de Meriti-RJ: Desalinho, 2022. v. 1. 133p.

CONTINUANDO uma tradição da ANPUH-MS das duas gestões anteriores, consolida-se este trabalho, publicado e representando uma parcela daquilo que o evento mostrou e agora socializa neste formato, para distribuição entre os associados da ANPUH-MS e demais interessados nos temas em questão. Significa o livro uma parcela de um evento tão grande, nas poucas páginas da obra e dentro das possibilidades orçamentárias. Outro fator importante que cabe ser destacado nesta apresentação da obra, em relação ao seu significado, diz respeito à forma como o livro constitui uma memória de nossa regional da ANPUH, divulgando pesquisas e pesquisadores, bem como trazendo contribuições de outras instituições e estados, importantes para o enriquecimento do livro, conforme já muito bem prefaciado pela professora Maria Celma Borges. Que tenham uma ótima leitura e divulguem o conhecimento que o livro representa!”. O Livro pode ser baixado gratuitamente aqui.

OLIVEIRA, Mariana Esteves de. Professor, você trabalha ou só dá aula: Um olhar sobre a história e precarização do trabalho docente. 1. ed. Curitiba: CRV, 2019. v. 1. 267p.

O objeto central deste livro é o processo de precarização do trabalho docente numa perspectiva histórica, perfazendo, no campo teórico, a defesa de que os historiadores voltem seus olhares aos professores como sujeitos do trabalho, e não apenas do ensino. Realizada à luz da História Social do Trabalho, a pesquisa que lhe deu origem contou com a participação de 128 professores em atividade e 3 aposentados, da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. As categorias históricas do processo partiram do tripé “salários, jornadas e contratos”, ratificando hipóteses de que os professores estão cada vez mais pauperizados e explorados, com jornadas intensificadas e condições de instabilidades contratuais agudas. Somados ao tripé histórico, desvelaram-se elementos mais recentes do processo de precarização, como o avaliacionismo, a violência, o adoecimento e a crise de mobilização da categoria, marcos da política neoliberal adotada pelos governos estaduais na gestão educacional desde os anos 1990, em alinhamento à reestruturação produtiva do capital em âmbito global. O cenário material revelado foi ainda confrontado com as subjetividades docentes, expressas nos sentidos atribuídos pelos professores em luta, mas também em idealizações, e numa persistente romantização da profissão. Então, este livro é um convite, pois, se o professor é, como se defende aqui, um trabalhador, a compreensão do seu lugar social dentro do modo de produção, e a sua potência transformadora, devem impulsionar não apenas a historiografia do trabalho no olhar para os sujeitos, mas os próprios professores e professoras, às necessárias mudanças que poderão reverter e impedir a barbárie na educação e, por extensão, na sociedade.

OLIVEIRA, Mariana Esteves de. O Grito Abençoado da Periferia: Movimentos populares entre a religião e a política no noroeste paulista. 1. ed. Curitiba: CRV, 2016. v. 1. 236p.

O objeto deste estudo é o Iajes – Instituto Administrativo Jesus Bom Pastor, entidade católica inicialmente voltada para a assistência social de um bairro da periferia de Andradina-SP que, no final dos anos1970, ampliou suas atividades para todo o município e região, numa perspectiva combativa, com a organização de movimentos populares (Movimento de Mulheres, Negro, por Saúde, Sociedade Amigos de Bairros) e com a consolidação do papel sociopolítico das Comunidades Eclesiais de Base na periferia, na linha teológica da Libertação. Até os anos 1990, o Iajes produziu experiências que alimentaram o crescimento do papel político da periferia e estabeleceram novas formas de atuação, como o Partido dos Trabalhadores, os Conselhos Municipais, novos movimentos e muito mais. O trânsito intenso dos sujeitos nesses variados campos revelou o potencial criador e combativo dos homens e mulheres da periferia, ao passo que também apontou limites e obstáculos, trazidos aqui no texto por meio de uma História Vista de Baixo, aporte teórico herdado dos marxistas britânicos. Nos anos 1990, em vista dos cortes de investimentos internacionais, a entidade entrou em declínio, o que dificultou a manutenção das atividades, das CEB’s e dos próprios movimentos. Anos depois, tais experiências se transformaram no tema da dissertação de mestrado intitulada “O grito abençoado da periferia: trajetórias e contradições do Iajes e dos movimentos populares na Andradina dos anos 1980”, defendida na UEM em 2006 sob a orientação do prof. Dr. Sidnei Munhoz, que originou este livro. Apesar de ser lançado uma década depois, o texto é atual, pois ao investigar a história do Iajes e de seus diversos movimentos populares, a pesquisadora se deparou com uma complexa rede que ligava os sujeitos pesquisados a todo contexto latino-americano de emergência da nova esquerda, contando, para isso, com uma impressionante quantidade de fontes descobertas em um velho galpão, hoje recuperada e salvaguardada na universidade, possibilitando novas e promissoras pesquisas que visam compreender o atual debate e a crise da (talvez velha) nova esquerda.

SILVA, H. M. M.; SILVA JUNIOR, R. J. (Org.) ; BENTO, L. C. (Org.) . HISTÓRIAS, DEMOCRACIA E POSSIBILIDADES DO SABER HISTÓRICO.. 1. ed. CAMPO GRANDE: EDUFMS, 2019. v. 1. 235p.

A publicação deste livro é a materialização de parte significativa das discussões e atividades produzidas no XIII Encontro de História da Associação Nacional de História, Seção Mato Grosso do Sul (ANPUH-MS), ocorrido em novembro de 2016, no câmpus de Coxim da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Intitulado “História e Democracia: possibilidades do saber histórico”, o evento contou com o apoio institucional do Programa de Eventos no País (PAEP), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e reuniu pesquisadores dos principais centros universitários de Mato Grosso do Sul, bem como de renomadas instituições de outras unidades da federação, tais como UNESP, UFRJ, UFU, UEPG, UFG e outras, firmando-se como o maior evento da área de História do Estado.

SILVA, H. M. M.; SILVA JUNIOR, R. J. (Org.) ; BENTO, L. C. (Org.) . EDUCAÇÃO EM PERSPECTIVA. 1. ed. CAMPO GRANDE: EDITORA UFMS, 2016. v. 1. 270p.

Educação em Perspectiva é fruto da interlocução de vários autores com seus objetos em torno da realidade educacional, que se tornou tema frequente nas universidades. O leitor encontrará reflexões acerca de assuntos tais como história e memória, formação de professores, ensino de história e identidades regionais, educação inclusiva, teatro e licenciatura. Os capítulos trazem contribuições pautadas a partir de diferentes perspectivas, concorrendo para um maior conhecimento da realidade escolar e auxiliando aqueles que trabalham com a educação em diversos níveis.

PRADO, Alessandro Martins. (Org.) ; SILVA, A. L. (Org.) ; COSTA, Guilherme Soncini da (Org.) . DIREITOS HUMANOS E CONTEMPORANEIDADE NO BRASIL. 1. ed. EDITORA CRV, 2021.

A Obra Coletiva DIREITOS HUMANOS E CONTEMPORANEIDADE NO BRASIL foi idealizada por professores vinculados ao Grupo de Pesquisa CNPq “Estado Democrático de Direito Interdisciplinaridade e efetivação possível”. Entre as questões presentes na obra estão discussões relacionadas com a Pandemia da Covid-19: Racismo e Segurança Pública, Impacto do Racismo nos números da Covid-19, Democracia, Lei de Segurança Nacional, Estado Pós-Democrático, Impacto da Pandemia e da Ascensão do autoritarismo nas minorias tradicionais, Tribunal Penal Internacional, Acesso à Justiça e Contrato de Mediação, Ensino em Direito Internacional e Direitos Humanos, Questão envolvendo os conflitos relacionados às Terras Indígenas, Convenções internacionais de Direitos Humanos, Políticas Públicas para o Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar, Medidas Socioeducativas para Crianças e Adolescentes, Implicações ao Direito da Criança à Alfabetização e seus Marcos Legais, Perspectivas Sustentáveis do Trabalho Feminino no Pantanal Sul-Mato-Grossense e Meio Ambiente, a Revitalização do Positivismo Jurídico de Kelsen e Raz no contexto de Direitos Humanos do Porvir, Distorções relacionadas ao patrimônio, tributação e privilégio no contexto de um Estado de Exceção, Ditadura Militar e Serviço Social e a violação dos direitos humanos, Mídia Independente e a cobertura dos direitos humanos, Políticas Públicas e Constitucionalismos, Moradia, Dignidade Humana e Ordenação das Cidades, e, O Direito à Morte Digna enquanto Dimensão Negativa do Direito à Vida.

SILVA, A. L.; PRADO, A. M. . O avanço do autoritarismo e o impacto para a população indígena do Estado do Mato Grosso do Sul e do Brasil. In: Ademilson Batista Paes; Carlos Eduardo França; Léia Comar Riva. (Org.). Panoramas do século XXI: questões jurídico-sociais, indígenas e trabalhistas. 1ed.São Carlos: Pedro & João Editores, 2021, v. , p. 165-185.

O livro que segue nas próximas páginas é a expressão mais importante da missão que pesquisadores e pesquisadoras têm enfrentado atualmente. Missão de produzir e divulgar conhecimentos, de uma forma geral, e, nesse caso especificamente, de trazer à tona uma discussão tão relevante como é a análise de questões jurídico-sociais, indígenas e trabalhistas no Brasil. Tarefa complexa, que perpassa questões históricas, antropológicas e sociais que marcam profundamente a construção do nosso país. A disputa de interesses sobre a terra e sobre o domínio da mão de obra trabalhista são parte da problemática abordada pelo livro, que avança um denso debate sobre a proteção jurídica dada aos povos indígenas desde a colonização do Brasil até os dias atuais. Os artigos publicados neste livro são oriundos do Sciencult (Simpósio Científico Cultural) de 2019, realizado pelos cursos de Ciências Sociais, Pedagogia e Direito, da Unidade Universitária da UEMS em Paranaíba. Os artigos trabalham temas como justiça social, direitos humanos, direito indígenas, liberdade de expressão, responsabilidade das instituições de ensino superior, assédio moral nas relações de trabalho, dentre outros. E toda essa discussão vem em boa hora, haja vista o momento de ataque aos direitos trabalhistas que temos testemunhado diariamente, direitos conquistados pela luta sistemática daqueles que nos antecederam. Paralelo a isso, a obra também revela o papel fundamental que a ciência desempenha na qualificação dessas discussões, deixando claro que a preservação dos direitos trabalhistas e das instituições públicas do nosso País são fundamentais para o equilíbrio e desenvolvimento de uma nação justa, que atenda a todos e a todas, principalmente os menos favorecidos. Os dados institucionais da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul revelam que mais de 85% dos nossos alunos são oriundos do ensino público do estado e uma expressiva parte em situação de vulnerabilidade social, o que coloca sobre a Instituição a responsabilidade de não somente ensinar, mas também de cuidar e dar apoio na preservação de direitos fundamentais. Vale destacar que a inclusão está na mais profunda raiz da identidade institucional da UEMS. A Universidade nasceu inclusiva por levar educação superior pública e de qualidade ao interior do Estado, em um momento em que não haviam outras Instituições fazendo o mesmo, inclusiva por ter sido a primeira instituição brasileira a instituir uma robusta política de cotas para alunos indígenas na graduação e terceira a adotar cotas raciais para negros. A Unidade Universitária de Paranaíba apresenta, neste livro, diversas visões científicas dos temas abordados, preservando e defendendo sempre a liberdade de cátedra e a democracia nos diversos aspectos. Sua inserção e seu posicionamento frente às lutas trabalhistas e pelos direitos humanos nos orgulha muito, e revelam uma educação superior pública que não abre mão de ser inclusiva, democrática e de muita qualidade.

PRADO, A. M. ; SILVA, A. L. . PANDEMIA DE COVID19 NO BRASIL E O TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL. In: Claudia Karina Ladeia Batista, Etiene Maria Bosco Breviglieri, Rodrigo Cogo. (Org.). Direito, Estado e Sociedade: desafios e perspectivas em tempos de pandemia. 1ed.: , 2021, v. , p. 237-258.

O livro que passamos a apresentar, intitulado “DIREITO, ESTADO E SOCIEDADE: desafios e perspectivas em tempos de pandemia” é uma coletânea de artigos elaborados pelos professores do curso de Direito da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade de Paranaíba, isoladamente ou em conjunto com outros pesquisadores. A obra traz lições importantes sobre o momento histórico atual e pretende incentivar o debate plural sobre a pandemia, abordando as mais variadas consequências que ela trouxe para a sociedade, com inegáveis reflexos no mundo jurídico tanto do ponto de vista do Estado como dos particulares. Devido a abrangência dos textos postos em cada um dos capítulos do livro, e a proficiência do trabalho feito pelos autores, os artigos que formam a estrutura da obra mostram ser material de pesquisa de excelência, que, certamente contribuirá com o fomento ao debate sobre a construção jurídica, necessária à solução dos problemas sociais que a Covid-19 trouxe para a humanidade. Pode-se verificar que os capítulos foram escolhidos com base nos problemas que a sociedade contemporânea vem enfrentando e suas implicações na vida das pessoas. Dessa transformação social surge a necessidade de mudanças ou criações jurídicas que levem o direito a desempenhar seu papel fundamental que é o de regular a vida em sociedade. Incontroverso que as mudanças sociais levam a redefinição de ideias e valores que repercutem no mundo jurídico, exigindo que o pesquisador do direito enfrente os desafios postos pela nova realidade social, que se mostra ávida por definições e conceitos jurídicos até então inexistentes ou insignificantes. Os capítulos da obra estão estruturados de modo a incentivar o debate dos temas propostos, identificando a natureza das profundas transformações que a pandemia trouxe para a humanidade e 14 apontando os caminhos a serem seguidos pelo direito para dar uma resposta rápida e eficaz para a solução das controvérsias. Os temas abordados pelos diversos pesquisadores que participam do livro devem subsidiar as discussões sobre as transformações sociais que a pandemia causou na sociedade e seus impactos no mundo jurídico, sem perder de vista a construção do direito a partir da valoração de um fato. Direito, Estado e Sociedade são conceitos indissociáveis, especialmente quando se fala em pandemia. Assim, pode-se afirmar que os organizadores tiveram o cuidado de escolher o título da obra a partir da definição dos elementos marcantes que circundam a sociedade contemporânea.

SILVA, A. L.. O conceito de cidadania no contexto revolucionário estadunidense e hispano-americano (XVII e XIX). In: PADRO, Alessandro Martins.; CAMPAGNOLI, Alex Ribeiro.; LIMA, Aires David de.. (Org.). Contemporaneidade dos Direitos Humanos: expressões e desafios.. 1ed.São Carlos: Pedro & João Editores, 2019, v. 1, p. 19-32.

Trata-se de uma obra organizada por pesquisadores sobre a temática Direitos Humanos vinculados com a Universidade Estadual de Mato Grosso Sul. Reúne autores pesquisadoras de diferentes instituições e formações, contudo unidos pela dedicação a temática central da obra.

SILVA, A. L.; TOSI, P. G. S. . Circuitos entrelaçados: surgimento e falência da Estrada de Ferro Araraquara (1896-1914). In: FALEIROS, R. N.; NUNES, I.. (Org.). Sistemas de transportes e formações econômicas regionais: Brasil e Argentina. 1ed.Vitória-ES: EDUFES, 2016, v. 1, p. 126-159.

Livro de leitura fundamental para o público interessado por temas relacionados aos sistemas de transportes e às formações econômicas regionais no Brasil e na Argentina. Reúne reflexões de historiadores, economistas, cientistas sociais e administradores a partir de uma perspectiva interdisciplinar e pluralista, demonstrando que o padrão de desenvolvimento capitalista na América Latina obedecia (e obedece) a uma maior integração e racionalidade dos sistemas de transporte. Obra dividida em dois volumes, com participação de dezessete pesquisadores brasileiros e quatro argentinos, todos inseridos na docência superior pública e privada do Brasil ou da Argentina.

SILVA, A. L.; PINNOW, R. . Digitalização das representações do Movimento do Contestado no periódico A Federação. In: Espig, Márcia Janete.. (Org.). Notícias de uma Guerra Centenária: o Movimento do Contestado através do jornal A Federação (1912-1916). 1ed.São Leopoldo/RS: Editora Oikos Ltda., 2013, v. , p. 71-82.

Trata-se de uma contribuição para a discussão sobre a relação entre história e imprensa. Seu maior objetivo é trazer a público uma seleção de matérias publicadas pelo jornal A Federação, de Porto Alegre, sobre o Movimento do Contestado durante sua ocorrência, entre os anos de 1912 e 1916. A coleta realizada teve por sistemática a verificação de todos os números do jornal de setembro de 1912 a julho de 1916, em busca de matérias e entrevistas referentes à temática em questão. Fotografadas, as imagens integram CD-ROM anexo ao livro, que ainda conta com quatro artigos, escritos pelos colaboradores do projeto.